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Saímos do Facebook - da Apatia ao Engajamento via Rede Social

O garoto segura a placa com os braços erguidos. "Saímos do Facebook" é a mensagem. Tirada durante os protestos de junho, foi uma das imagens mais compartilhadas daqueles dias, uma síntese do momento em que a geração digital, tão criticada por sua apatia caseira, se materializou em uma volumosa massa manifestante no asfalto.
 
Entre as leituras que podem ser extraídas da imagem, uma é especialmente simbólica. Diz respeito a como este endereço de internet chamado "Facebook" define a vida de cada vez mais brasileiros, que dividem seu tempo entre momentos dentro e fora da rede social.
Como acontece em boa parte dos países do mundo, o Facebook é disparado o mais acessado da categoria: segundo dados de outubro, tem 73,5% da audiência das redes sociais, totalizando 76 milhões de usuários no Brasil.
Uma pesquisa Ibope/YouPix de julho mostrou que 92% dos jovens do País que acessam a internet usaram redes sociais. Mesmo quando se leva em conta o total de pessoas que navegam na rede, de todas as idades, são 78% acessando algum tipo de rede social.
"Estamos falando de um meio que não só apresenta uma audiência massiva, como também com alta dedicação em horas do consumidor médio", diz Gabriel Borges, sócio da agência de comunicação Ampfy, que, ao lado da consultoria de pesquisa The Listening Agency, preparou um estudo de mais de 80 páginas chamado Brasil com S de Social. Divulgado com exclusividade para o Estado, o trabalho é uma radiografia detalhada dos vários aspectos do fenômeno no Brasil. Para os autores, "o brasileiro viciado em mídia social" já virou um novo símbolo nacional, "identificado com as transformações recentes no país".
"O brasileiro tem um número de amigos muito mais alto que a média global, o nível de engajamento também na plataforma é muito alto", acrescenta Leonardo Tristão, diretor-geral do Facebook no Brasil. "A média de tempo que o brasileiro gasta se engajando é mais alta que a média global."
É esse tempo gasto na rede que garantiu ao Brasil (12 horas por mês, segundo o Facebook) a segunda colocação no ranking de países do Facebook, ultrapassando a Índia, que tem um número total de usuários maior. O Brasil é também segundo colocado em usuários, atrás apenas dos Estados Unidos, do Twitter e do Facebook.
É esse tempo gasto na rede que garantiu ao Brasil (12 horas por mês, segundo a empresa) a segunda colocação no ranking de países do Facebook, ultrapassando a Índia, que tem um número total de usuários maior. O Brasil é também segundo colocado em usuários, atrás apenas dos Estados Unidos, do Twitter e do YouTube.
Capital das redes. O gosto do brasileiro pelas redes sociais já vem sendo analisado há muitos anos, ainda no tempo em que fizemos uma rede social considerada menor em outros países, o Orkut, virar campeã de audiência. Mas o tema ressurge todo ano, cada vez amparado por números mais fortes. EM 2013, o fenômeno foi destaque em duas publicações estrangeiras importantes: o jornal Wall Street Journal, que chamou o País de "capital das mídias sociais do universo", e a revista Forbes, que definiu o Brasil como "futuro das mídias sociais".
O estudo Brasil com S de Social busca entender o porquê dessa popularidade através de uma análise do comportamento típico nacional. "Não existe comportamento exclusivamente online. Tudo que fazemos no digital reflete como somos na vida real", pondera Borges, da Ampfy. O estudo destaca seis características que definiriam o jeito brasileiro de ser, todas refletidas em nosso uso da rede: somos sociais e sociáveis; adoramos uma novidade; damos muito valor a símbolos de status;prezamos informalidade e descontração; e gostamos de observar a vida alheia.
"Queremos sempre colocar nossa imagem para o outro, além da parte física, do culto ao corpo, gostamos de mostrar que estamos bem, de ostentar uma posição", diz Rafael Venturelli, coordenador de mídias sociais da Agência Remix.
Sociedade. O comportamento é apenas uma parte dessa história. A explosão social online guarda está intimamente relacionada com as melhorias socioeconômicas que o País viveu nos últimos dez anos.
Falando diretamente das áreas de tecnologia e internet, entre tantos números possíveis, vale citar alguns mais importantes. Em setembro, mais de 80 milhões de brasileiros acessavam a web. Desde 2010, o acesso a internet por smartphones e tablets cresceu 43%. E 25% dos usuários de internet usam o smartphone como seu principal ponto de acesso.
O Link inicia com esta matéria um especial diário em quatro partes sobre o fenômeno das redes sociais no Brasil. Depois deste panorama, três matérias analisarão aspectos específicos do tema. Começamos com o humor, tipo de conteúdo que está entre os mais populares entre os brasileiros, evidente em sucessos como o site Não Salvo e a série Porta dos Fundos. Na quinta-feira, o assunto são tendências de comportamento, traços típicos do brasileiro na rede, em assuntos que incluem dos apps de paquera ao ciberbullying. Na sexta, é a vez de olhar para o uso das redes em dispositivos móveis, com apps específicos como Instagram, Whatsapp e Snapchat, o app mais comentado do ano

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