Não há como fugir dos dizeres do cartaz: 2013 foi o ano em que os “ativistas de sofá” fizeram coro a movimentos antigos que já ocupavam as ruas e, caminhando lado a lado, expressaram em massa insatisfações diversas – dos gastos questionáveis com a Copa do Mundo e o aumento da passagem, à eleição de um homofóbico à Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Deputados. Ao mesmo tempo, uma faixa amarela andou avisando durante as manifestações de junho: “somos a rede social”. Nas ruas – e nas redes – milhões de pessoas fizeram com que o ano entrasse para a história do país. Ao que tudo indica, 2014 não será diferente. Joana Ziller, 38 anos, professora da Universidade Federal de Minas Gerais e pesquisadora de comunicação digital, atenta que as redes sociais apenas deram maior visibilidade a grupos e indivíduos que já se mobilizavam. “Atores que, até então, não tinham destaque, passam a ter de acordo com a maneira como se comportam on-line”, explica. Pa